Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)
A hiperplasia prostática benigna (HPB), também chamada de aumento benigno da próstata, é uma condição muito comum em homens mais velhos. Trata-se de um crescimento não cancerígeno da próstata, que pode dificultar a passagem da urina.
O que é?
A próstata é uma glândula que só os homens têm. Com o passar da idade, ela pode crescer. Esse aumento é chamado de hiperplasia benigna da próstata, e não é câncer.
Apesar de muita gente usar o termo “hipertrofia prostática” ou apenas “próstata aumentada”, o nome correto é hiperplasia, pois o que realmente acontece é um aumento no número de células da próstata, e não no tamanho delas.
Quem pode ter?
Essa condição é muito comum com o envelhecimento:
- Aos 60 anos: cerca de metade dos homens tem algum grau de HPB.
Aos 90 anos: isso chega a 90% dos homens.
Ou seja, faz parte do processo natural de envelhecimento.
Fatores que aumentam o risco
Alguns fatores que aumentam as chances de desenvolver HPB são:
- Envelhecer.
- Ter parentes com o problema.
- Ser da raça negra (maior risco do que brancos e asiáticos).
- Ter doenças como diabetes, hipertensão ou obesidade.
Usar certos remédios, como betabloqueadores.
Quais são os sintomas?
Nem todo homem com próstata aumentada vai sentir algo. Mas os sintomas mais comuns incluem:
- Jato fraco de urina, mesmo fazendo força.
- Dificuldade para começar a urinar.
- Vontade frequente de urinar, especialmente à noite.
Sensação de que a bexiga não esvazia completamente.
Em alguns casos, a próstata aumentada é descoberta por acaso, durante exames de imagem ou exame de toque retal.
Como é avaliada?
Existe um questionário chamado IPSS que ajuda o médico a avaliar a gravidade dos sintomas e como a condição está afetando sua qualidade de vida.
O que causa?
A HPB acontece por um crescimento das partes internas da próstata, principalmente em volta da uretra (o canal por onde a urina sai).
Esse crescimento é influenciado pelos hormônios masculinos, mas não quer dizer que há excesso de hormônios.
Exames e diagnósticos
Ultrassom (principal exame):
- Mostra se a próstata está aumentada (geralmente quando tem mais de 30 mL de volume).
- Pode revelar alterações na bexiga devido à dificuldade para urinar.
Pode mostrar o quanto de urina sobra na bexiga após urinar.
Exame de toque retal e PSA:
- São usados para avaliar a próstata e verificar se pode haver algum risco de câncer.
Outros exames:
Em alguns casos, podem ser feitos exames como tomografia ou ressonância, mas geralmente são para investigar outras causas ou achados incidentais.
Tratamento
Medicamentos:
O tratamento geralmente começa com remédios que relaxam a próstata (como tamsulosina) e diminuem o seu tamanho (como dutasterida).
Cirurgia:
- Quando os sintomas são muito intensos ou os remédios não funcionam, pode ser feita uma cirurgia chamada ressecção transuretral da próstata (RTU ou TURP).
Existem também procedimentos menos invasivos, como o lifting da uretra prostática ou o uso de laser para remover o excesso de tecido.
Alternativas modernas:
Uma técnica nova chamada embolização das artérias da próstata tem mostrado bons resultados, com menos riscos de sangramentos ou efeitos colaterais.
Cateterismo:
Em casos em que a cirurgia não é possível, o uso de cateteres (tubos finos para esvaziar a bexiga) pode ser uma opção.
Possíveis complicações
Se a HPB não for tratada, pode causar:
- Dificuldade total para urinar (retenção urinária).
- Pedras na bexiga.
- Infecções urinárias repetidas.
- Sangramento visível na urina.
Problemas nos rins, como dilatação (hidronefrose) e até falência renal em casos graves.
Pode virar câncer?
Apesar de serem problemas na mesma região, não está provado que a HPB aumenta o risco de câncer de próstata. Porém, os dois podem acontecer juntos, por isso o acompanhamento médico é importante.
Conclusão
Se você tiver sintomas urinários ou for um homem acima dos 50 anos, vale a pena conversar com seu médico e fazer os exames de rotina. Cuidar da saúde da próstata é essencial para o bem-estar e a qualidade de vida.